segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Semana de cão e de paz!!!


Esse final de semana foi realmente incrível para mim.
Durante a semana eu estava demasiadamente exausta, pessimista, irritada. Foi quando tudo começou a dar errado. Dinheiro que eu tinha para receber, não recebi, pessoas que eu tinha que pagar, não paguei, pessoas que eu tinha que ajudar, não ajudei e uma série de efeitos cascatas por conta do dinheiro que trabalhei por isso, mas não recebi.
E então, com a cabeça toda cheia de minhocas e pensamentos irritantes, comecei a receber cobranças de amizade, justo eu, que a levo tão a sério com todos que sabem que são meus amigos. Detesto frescurinha, mas deixo bem claro quando a pessoa é minha amiga, só que tem um porém, assim como a Gaia (Terra), não dependo de ninguém e não dou satisfação à ninguém, mas estou sempre por aí, para quem precisar de ajuda faço o possível e o impossível, mas isso é só para quem realmente me conhece. Não que eu force isso, eu simplesmente sou assim e pronto, e olha que já melhorei bastante, sei coisas terríveis à meu respeito.
            Só que tem um pequeno detalhe que nunca nos atentamos. Nós seres mortais, temos o péssimo hábito de cobrar as coisas, de cobrar as pessoas, de cobrar coisas das pessoas. Isso em todas as esferas de relação humana, seja ela familiar, profissional, amorosa e até amizade. Só que raramente nos perguntamos se estamos correspondendo com nossas atitudes, aquilo que cabe à nossa parte da relação. Talvez nem sabemos o que se passa na vida daquela pessoa para que a mesma tome tal atitude e já vamos logo tomando todas as dores, nos sentindo magoados porque tal pessoa não agiu assim comigo, do jeito que queremos ser tratados. Nossos egos são inúmeros e muito inflados e nem ao menos percebemos, até que alguém ou a própria vida nos ensine da pior maneira, nos mostrando a verdade do que somos.
            E custei a acreditar, mas ainda estou aprendendo a melhorar isso, pois foi dificil aceitar que meu ego ainda é tão inflado, tão crítico e intolerante. Mas antes eu nem percebia isso, hoje estou um pouquinho melhor, passei a enxergar tal deficiência psíquica do meu ser.
            Retornando ao relato da péssima semana, as coisas dando errado, minha cabeça co-criando problemas e o universo conspirando contra. Tive uma reunião de produção, onde nem um copo de cerveja eu bebi, nem um gole d’água tomei. Mas foi uma reunião pesada, onde só teve críticas e reclamações e mais cobranças, que a produção tem que ser isso ou aquilo, que a direção tem fazer não sei o que, porque deu errado porque a produção não sei o que mais e comecei a pensar o seguinte: mas e esses meus 5 anos de produção? E o lado bom? E a parte que deu certo? Que foi um sucesso? Que todo mundo saiu feliz? Só tinha cobranças, para variar. E então achei melhor sair de lá sem dizer uma palavra, só com o cronograma anotado para providenciar mais coisas de produção. Resolvi ir embora sem dizer nada, poque entendi que não ia adiantar explicar ou pensar numa solução para evitar a falha, porque o ego da crítica estava muito presente na mesa e eu iria me frustrar ainda mais. Ainda bem que não bebi, meu subconsciente me travou e com isso mantive meu auto-controle, porque quando eu bebo fico brava e hoje eu entendo isso, por isso quase não bebo mais, porque descobri que a paz é muito melhor e minha mente controlada por mim me propicia o sensação de pacificação.
            Saindo da reunião, fui para meu apartamento, que é um lugar que estava alugado até poucos dias. Hoje ele é meu recanto da paz, meu reduto da criação e meu refúgio. Levei para lá poucas coisas, só o sufiente para meu conforto e poder receber visitas de uma maneira mais digna, mas porém, não tem antena de tv, não tem telefone e nem acesso a internet. Propositadamente incomunicável eu fico lá, porque estamos vivendo num momento de muita informação e se você não cuidar dessas decodificações todas, você enlouquece, surta e quer matar todo mundo e depois se matar por não conseguir conviver com a culpa de se tornar um assassino que o excesso de informação transformou (risos).
            No meu “recanto da paz”, acendi incensos e palo santo, depois coloquei umas músicas de meditação (mantras), iluminei o quarto com luz verde, fechei os olhos e comecei a meditar, abrindo meus chackras e pedindo para a espiritualidade me ajudar neste momento irritante que eu estava vivenciando.
            Confesso que estava rebelde, um acesso de fúria induzida estava me tomando, tanto que a Madrinha do Templo Xamânico perguntou seu eu iria no trabalho espiritual que quinzenalmente é realizado no sítio e disse que não iria, estava convícta disto e ela sabiamente compreendeu e me desejou um bom final de semana.
            Durante a meditação eu recebi algumas visitas (espiritualidade), onde elas me instruiam e me aconselhavam, dizendo que minha presença ao trabalho seria muito importante, cujo tema era a “Cura do Planeta”. Me pediram para acalmar meu espírito, esvaziar minha mente e estufar meu peito. Que todos os pontos de luz que existem na Terra, é importante para a Cura do Planeta e que precisamos nos conectar cada vez mais e parar com esse egoísmo de que “a minha dor é mais cruel, por isso estou no direito de me fechar para o mundo”. Eu entendi perfeitamente o aprendizado e no dia seguinte resolvi ir ao trabalho espiritual fazer minha parte pelo Planeta, que na verdade é por nós mesmos. A Terra quando der os 5 minutos nela e ela dar uma sacudida na poeira, nós deixaremos de existir num sopro de vento, agora nós sem a mãe Gaia, tão querida mas nada valorizada, não somos absolutamente nada.
            Fui repentinamente e cheguei lá no sítio de repente, foi como a primeira vez que fui lá, peguei minha mochila e fui, sozinha mesmo. Sem falar nada com ninguém e ponto final.
            O trabalho foi fortíssimo, tive várias mirações, mas infelizmente não eram boas, eu vi a parte triste da natureza, a parte afetada pelos seres humanos e é impressionante, pode parecer piegas, mas onde o ser humano toca, acaba com tudo, com toda a beleza, com toda a riqueza da natureza e até da parte cósmica do lugar. O ser humano é uma espécie de lava, de verme, só que não percebemos isso. Vi o lodo da Terra e os seres humanos usufuindo dessa podridão toda, uma coisa horrorosa mesmo. Eu olhava para a Madrinha e não conseguia dizer mais nada além de “nossa Anete que horror, que horror meu Deus” e ela apenas respondia com o olhar “ É minha filha, é isso mesmo que você está vendo”.
            No domingo, cheguei cedo no meu “recanto da paz”, por volta de 13h00 e tomei um banho e capotei. Quando foi 18h00 resolvi sair sem destino e sem programação, sozinha pelas ruas da paulista, resolvi assistir um filme, o “Intocáveis”, um filme francês com direção de Eric Toledano, um filme belíssimo que é baseado em fatos reais, que conta a história de superação e amizade verdadeira. Onde tinha um homem riquíssimo, super culto, tinha tudo o que você imaginar, um homem generoso, conhecedor e amante da arte lírica partindo da música erudita e clássica à pinturas abstratas e literatura. Mas era tetraplético, vivia na cadeira de rodas e seu prazer sexual se restringia quando lhes tocavam e massageavam as orelhas. E ele estava selecionando um assistente para que pudesse conviver com ele 24hs por dia. E então tinha vários condidatos, cultos e espcializados com vários diplonas de assistência social e uma porrada de formações. Todos bem vestidos de terno, pastinha de couro na mão e detalhe, todos eram da cor branca, e tinha no meio deles algo se destacava, ñ só pela, mas também pelos trajes, era um negro enorme e não estava bem vestido como os demais, o nome dele é Driss, ele jamais pensou que pudesse conquistar aquela vaga, ele só queria mesmo era a droga da assinatura de concorrer a vaga para poder apresentar ao Ministério do Trabalho e garantir o seguro desemprego. Mas o Fhillipe (o senhor rico), adorou ele, porque foi o único que o tratou sem demonstrar pena ou ficar comovido, fizeram uma aposta de que Driss não aguentaria ficar 2 semanas como assistente dele e no fim Driss e Phillipe se tornaram grandes amigos, viveram os momentos maravilhosos de grandes irmãos. Driss aprendeu artes e a sensibilidade da maturidade, Philippe aprendeu a se divertir mais com os imprevistos da vida, um passou o que tinha melhor e de pior para o outro e ambos se modificaram para sempre, tornando-se um eterno ing hang, Fhilippe casou-se e teve 2 filhas e Driss abriu sua própria empresa, casou e teve dois filhos. Isso serviu como uma lição para mim e acredito que para muita gente naquela sala de cinema.
            Quando você pensa que está tudo errado, na verdade é a coisa mais certa que você está fazendo em toda a sua vida.
            Quando você pensa que não vive sem facebook, sem torpedos ilimitados, sem telefone com planos do tipo “fale a vontade”, sem pessoas falando excessivamente, querendo que você se convença de que ela está certa e todas a pessoas falando ao mesmo tempo, uma mais alto que a outra, mostrando que está mais feliz que você, que o pau dela é maior que o seu, é quando você se desliga de tudo isso que você realmente se torna um ser vivo dentro de sí, e que certamente impacta em todo o sistema caótico da (des)informação excessiva e frenética. Sua mente fica em paz. Eu estou em paz agora!!!
            

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei!!! às vezes renunciar as pessoas, principalmente aquelas que nos dão azia é o melhor remédio...bjs Josi Teixeira

Aline Gaia disse...

É verdade Josi. A vida é feita de escolhas nossas, mas temos o péssimo hábito que culpar os outros. Isso precisa mudar!