sábado, 20 de dezembro de 2008

Somente somos e basta!


Passeando no vago destino incerto
No silêncio da esquina tumultuada
Multidões, multidões, multidões...
No vazio profundo
Silêncio, Silêncio, Silêncio...
Não me basta apenas falar
Quero ouvir o silêncio
O toc toc dos sapatos apressados
Não quero saber da evolução da espécie
Da extinção dos animais
Da teoria do caos
De apenas concepções e filosofias
Não quero saber de mais nada
Que não seja o nada
Simplesmente porque nunca teremos respostas.
Portanto abonarei as perguntas
Para justamente não querer saber
De respostas especulativas
De pessoas que se dizem intelectuais
Porque eu, simplesmente, assim como você
Sou um animal
A diferença dos irracionais
É que somos educados à esconder nossas fraquezas
E aniquilar nossos instintos primitivos.
Transformar a vida num cotidiano exemplar, de fazer dinheiro
Modular os sonhos como algo promissor
Parecido com o funcionário do mês
Fazer com que o simples desejo
Seja apenas um momento ínfimo de loucura
E que o instinto seja hábito de um ser réprobo.
E que eu e você, sejamos grandes amigos
De um site de relacionamento qualquer.
E cada vez mais nos tornarmos estranhos
Pois somente a boa aparencia é o suficiente.
Por isso, não preciso saber de nada, já somos condicionados
À sermos o que somos e basta!
Algo que não ultrapasse meu limiar de consciência.
Coisa que não aparente nítido e nem induzido.
Que, por fim, irá postergar meu estado de espírito puro
Para o objetivo enlouquecedor da felicidade eterna
E a liberdade subjetivada, numa febre alucinativa dos momentos de paz!