terça-feira, 28 de setembro de 2010

MENSAGEM DA LUA (transgressão ocular)

NÃO!!!


Não sei o que me fez acordar hoje

Mas mesmo assim, evitei olhar através das vidraças

Não sei como está o dia

Não sei como estão meus vizinhos

Mas é assim que funciona cada vez mais

O lobo que persegue, que consome, que digere

As entranhas cadavéricas do teu ego em chamas

Das náuseas provocadas por piadas sem graça

A ironia da humanidade é a descoberta da lua

E vocês pobres terráqueos

Gastou tanto dinheiro e conhecimento

Mas não é capaz de salvar o seu próprio planeta.

Veja quanta gente miserável

Observe! Está tão perto

Só precisa estender o braço

Abrir a mão e afanar aquele coitado

Sujo, faminto, desacreditado, humilhado

Por pessoas como você!

Que estuda tanto para ficar mais burro

Mais hipócrita, intelectualmente ignorante.

Pois perde a maior das sabedorias.

De que você também é podre, fraco e miserável

Assim como aquele que você chamou de vagabundo

Por ter tido coragem de pedir “humildemente” uma esmola na porta do seu carro.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CONHECER-TE

Numa noite de chuva


Tudo estava resolvido

A festa acabou

A energia esgotara;

Naquele instante em que a noite

Pronunciou a sua chegada.

Os elementos juntaram-se

Fizeram uma artimanha,

Sem ao menos se preocupar

Com quem ali estariam sob seu olhar

Tudo foi encaixando, entrelaçando

Se complicando, se encontrando.

O destino fez de tais corpos

Um intenso playground

E a penumbra, fez enxergar a boca

Que reluzistes sob suas palavras tão sábias.

Desde então, o desconhecido

Tornou-se um grande aliado

Dizendo até, um amigo íntimo

Sem perguntar nome, idade ou endereço

Simplesmente atentando-se em:

Qual o seu grande desejo.

Qualquer que fosse ele, não importava

Somente a intensidade do seu olhar

E a magnitude do seu beijo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Pintor! de nada.

À sua frente uma tela de algas


Em suas mãos pincéis de penas

Das pombas brancas

Que diariamente fazem-lhe visitas

Sem ultrapassar sua janela

E a cada pouso um pedaço de si fica

Para fazer companhia ao artista solitário

À espera da inspiração

De pintar um belo quadro

Como se compõe uma linda canção.

A criação vem à tona

Numa tarde chuvosa

Pinta uma casa de peixe

Com cores de vento

Que servem para dar movimento,

O aroma das estrelas

Importante este cheiro que clareia

A fragilidade das borboletas

Para texturas de cor violeta

O contorno da gota

Para emudecer a rigidez da pintura

A decomposição dos golfinhos

Para pulsar mais ruídos

A simetria de um tronco

Para desconfigurar o contorno

E o pintor termina a sua mais completa obra,

Ao amanhecer

No exato momento em que acorda.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

S.O.S HUMANÓIDES

Não tem porque salvar a Terra,
Sem antes salvar as pessoas.
Se o amor puro não mais adianta,
Deixar que os macacos governem
       O que o bicho homem tanto lutou para construir,
A destruição do planeta, sem antes começar POR SÍ PRÓPRIOS.