Veja como é estranha essa sensação de paz
Ela te estrangula e mete todo o medo
De perdê-la para os canalhas que vem logo atrás
Para tirar da sua companhia o melhor do seu desejo.
Vire-se do avesso e se veja por inteiro
Observe cada veia, cada músculo e glóbulos
Olhe bem de perto, quebre o espelho
Solte a adrenalina contida em cada pêlo.
Desnude a hipocrisia que vem da sua alma
Sinta cada curva e cada textura da epiderme
No aroma que exala o teu corpo com toda a calma
Respire lentamente até se perder na sua própria fragrância que te despe.
Faça uma pausa bem longa, até que cai a folha...
Da árvore, enquanto seca a roupa
Que molhaste, enquanto na lagoa
Que entregaste, enquanto o corpo voa
Que contraste, enquanto tudo imploda
Que suavizaste, enquanto me destoa
Que olhares, enquanto a tua boca
Que beijaste, enquanto cai a folha!
(Aline Gaia 2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário