sexta-feira, 12 de junho de 2015

O tempo leva o que o vento traz

Durante esse ano eu estou estudando muito sobre a Doutrina Espirita, são estudos dos espíritos, da ética e da moral que envolve tanto os encarnados como os próprios desencarnados.
Estou fazendo grandes descobertas que revela meu caráter através de minhas atitudes mais peculiares, e estou percebendo que as outras pessoas são tão ou mais perdidas do que eu que já vivi mais perdida que cego em tiroteio no complexo do alemão.
Começo a entender que é bom demais sentir as coisas e também é melhor ainda ser dotada de expressividade, de gritar, chorar de dor, de amor, de alegria, de encantamento, enfim, ter expressão, deixar claro o que se sente e ter relevância ao transmitir minhas dúvidas.
Uma vez eu fui expositora na aula de alguns capítulos de um livro de estudo, e num determinado momento eu disse que quando você pratica uma caridade e faz o bem a alguém, consequentemente você estará instalando o bem-estar no lar daquela pessoa, portanto fará o bem indiretamente para muito mais pessoas do que apenas uma. A mesma coisa é quando você pratica o mal e prejudica alguém, faz sofrer, você acaba influenciando outras pessoas na egregora negativa de energias maléficas. Esse meu exemplo fez um outro expositor muito mais experiente e estudioso da doutrina, se atentar a isso, e então ele me disse que nunca havia pensado nisso, no bem praticado quando atingido outras pessoas e fez com que ele ficasse feliz por ajudar muito mais pessoas do que ele achava que ajudava. Foi no mínimo incrível ouvir isso de um mestre praticamente.
Em toda a família há “os ovelhas negras”, não existe perfeição nessa dimensão. Temos vícios de todas as formas, seja ele, químico, emocional, hábitos, não importa, qualquer um deles faz mal tanto quanto. Uma vez eu vi um dependente químico, geralmente tachado como irresponsável e egoísta, ajudando um mendigo a se levantar da sarjeta e pagar um lanche para ele. Eu vi isso acontecer. Enquanto tinham pessoas “puras” e sem vícios, sadias e de bons costumes que não moveram uma palha e ainda zombou do drogado generoso e do homem sem dignidade e falido. Como eu não me acho pura, sem vícios, sadia e de bons costumes, me levantei e ajudei a pagar o lanche também. Uns disseram, - agora sobrou mais dinheiro para o drogado comprar mais cocaína. Pois é caro leitor, essa foi a conclusão das pessoas “saudáveis”, porém maldosas, ou seja, de que adianta ser careta se sua mente é podre?
Tenho amigos psicólogos que estudaram cinco anos na universidade, de segunda a segunda praticamente, hoje são formados e alguns deles não se sentem aptos a atender, pois sabem muito bem que quando uma pessoa chega ao ponto de procurar um desconhecido para ajudá-la a se encontrar, é porque o desespero e a instabilidade emocional está absurdamente gritando dentro daquela pessoa desamparada. No entanto, eles sabem que qualquer coisa que eles possam dizer àquela pessoa vulnerável, pode transformar positiva ou drasticamente a vida do seu “cliente”. Um psicólogo dificilmente fala de amor, pois sabem que é muito particular, portanto, não vou eu aqui falar do amor, pois eu tenho a minha forma de amar e não vou citar frase de ninguém para compor o meu texto e nem a minha história.
As vezes nos enganamos com o amor, as vezes ele está disfarçado de conforto e alegria. As vezes o amor não é amor, mas sim um egoísmo que se conforta nos braços de outra pessoa, e ai quando esse egoísmo cria forças e “autossuficiência”, precisa de tempo, mas na verdade não precisa de ninguém, não precisa de mais nada do outro, pois já se curou e agora está forte e  independente, até cair de novo e precisar de outro alguém, pois a vida é assim mesmo, sempre precisaremos de alguém para amar, sempre e isso não é exceção, isso é a lei natural das coisas do homem, pois podemos até procurar nossa ancestralidade, e a única que vamos encontrar é o ser humano com outro ser humano, no amor e no ódio, independente do sentimento.
Claro que no amor é sempre melhor e sabemos que o ódio não leva ninguém a lugar algum e demanda tempo para resgatar esse “auto suicídio” emocional. É bom estudar a doutrina espírita, me dá as bases que preciso para entender as pessoas mais perdidas do que eu. Portanto o tempo leva o que o vento traz!





(Aline Gaia 06/2015)

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