A poesia não se explica
A gente sente
As metáforas da brisa
Do sentimento pungente
Que não se explica
Da folha de outono que cai levemente
No soprar da vida!
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
"SEJA-TE"
Vista-me as entranhas audaciosas
Com sensações desconfortantes
De surrar o que se faz de correto
O que desperta tudo que é ridículo e sincero
Humanize-me, com sentimento de guerra
A vontade de se dominar toda a parte
No momento de esquecer minha própria incapacidade
De dominar a mim mesmo e meus próprios sentimentos
Fazer crescer vontades e desejos
Aniquilar todo tipo de pensamento
Adentrar no universo do declínio
Enlouquecer no firmamento
Com meus gritos silenciosamente protestantes
Pelas ruas e vielas vou adiante
Sinto muito em lhe dizer
A sua boa vontade nesse planeta
Não é o bastante
Não alimenta
A expectativa daquele que te domina
É sempre te ter exatamente onde você está
E nunca mais ter que procurar outro idiota
Para compor o seu lugar
Você se coloca na posição de aprendiz
E no entanto, sempre se pergunta
O que de importante nessa vida eu fiz?
E espera que outro te diga porque você existe
Para que você presta
O que lhe interessa?
Talvez um pouco de arrogância
Te propicia mais auto confiança e lhe concede certas respostas
Mas não importa, pois nada do que você fizer
Despertará a pureza que um dia fazia parte de você
Quando tinha o sublime poder de voar na fantasia de ser,
Um passaro, uma pipa, uma borboleta
Ou a figura mais real que te traduza incognitivamente:
Você ... "seja-te" sempre e sinta suas próprias dores
Porque a sua alegria sempre terá o mundo inteiro
Querendo uma parte dela.
Ao despertar no calabouço
Ao abrir portas e janelas!
Com sensações desconfortantes
De surrar o que se faz de correto
O que desperta tudo que é ridículo e sincero
Humanize-me, com sentimento de guerra
A vontade de se dominar toda a parte
No momento de esquecer minha própria incapacidade
De dominar a mim mesmo e meus próprios sentimentos
Fazer crescer vontades e desejos
Aniquilar todo tipo de pensamento
Adentrar no universo do declínio
Enlouquecer no firmamento
Com meus gritos silenciosamente protestantes
Pelas ruas e vielas vou adiante
Sinto muito em lhe dizer
A sua boa vontade nesse planeta
Não é o bastante
Não alimenta
A expectativa daquele que te domina
É sempre te ter exatamente onde você está
E nunca mais ter que procurar outro idiota
Para compor o seu lugar
Você se coloca na posição de aprendiz
E no entanto, sempre se pergunta
O que de importante nessa vida eu fiz?
E espera que outro te diga porque você existe
Para que você presta
O que lhe interessa?
Talvez um pouco de arrogância
Te propicia mais auto confiança e lhe concede certas respostas
Mas não importa, pois nada do que você fizer
Despertará a pureza que um dia fazia parte de você
Quando tinha o sublime poder de voar na fantasia de ser,
Um passaro, uma pipa, uma borboleta
Ou a figura mais real que te traduza incognitivamente:
Você ... "seja-te" sempre e sinta suas próprias dores
Porque a sua alegria sempre terá o mundo inteiro
Querendo uma parte dela.
Ao despertar no calabouço
Ao abrir portas e janelas!
domingo, 2 de maio de 2010
DIÁRIO DA DONA DA BOCA VERMELHA
A boca que encanta
No canto do ouvido
Os lábios vermelhos da moça
Que encosta no umbigo
Do homem em busca de alguém,
Que não só por sexo gasta seu dinheiro
Mas também por um ombro amigo.
O que escorre da boca
É o desejo contido
De afanar os cabelos
Daquele galante vadio.
Mas tem que ter ética agora
Pois não é ele não
É um pobre coitado na fila
Em busca de diversão.
Gasta todo seu salário
Pela boca vermelha da moça
Que em meio de tantas bocas
Se perdem em poucos beijos
Com esse alguém desconsolado
Por pagar para ser tocado
E o sexo que se paga
Tem que ser bem feito
Não importa a boca vermelha.
Quem é o seu patrão?
São todos os outros;
Que pagam para ter sempre razão
Do meu ser, do meu corpo e do meu tesão.
(Aline Gaia dedica essa poesia para as mulheres que nasceram p/ satisfazer os homens -ou não- das outras. Frisando, a profissão mais antiga do mundo, sem um pingo de respeito, nem mesmo dos que dela usufruem).
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